Eu tinha dezesseis e ela quinze. Namoradinha virgem e medrosa. Mas quente, pegando fogo. Nosso namoro já ia naquele estágio avançado de rolarmos nus na cama nos e beijando e acariciando. Muita, muita paciência eu tinha. Ia avançando um pouco a cada dia, a cada beijo e carinho atrevido. A essa altura já não levava mais tantos beliscões nem tantas unhadas de sangrar como no início. Mas havia ainda coisas proibidas e não era bom avançar sem cautela, ou arriscava perder um pedaço de pele ou pior: ela ir embora zangada e só retornar dois dias depois. Mais eficiente era implorar, quase chorar:
- Deixa só um dedinho, vai?
- NÃO!
- E beijar ela, pode hoje?
- Se quiser, pode.
Ficava louca com isso, mas às vezes inventava que não queria. Impossível compreender.
- Hoje você vai deixar, não vai?
- Hoje, não.
- Quando então?
Respondia que quando quisesse. Ah! que coisa que me dava vê-la ali toda peladinha e não poder. Assim tinha hora que vinha vontade de atacar de qualquer jeito. Eu prendia os braços finos, montava em cima dela me defendendo das joelhadas nas bolas e das mordidas na cara, mas era só soltar um dos braços pra conduzir o pênis duríssimo que recebia tapas e arranhões violentos. E quando se livrava, furiosa, a cara toda vermelha anunciava:
- Vou embora e nunca mais volto aqui!
Eu quase chorava pedindo desculpas. Sem dúvidas, era péssima idéia querer fazer à força. Mas ela sempre voltava. Quase todas as noites trancados em meu quarto, mamãe fazendo de conta que não sabia de nada. Só não podíamos era fazer barulho.
Havia noites que vinha parecendo decidida. Ficava quieta, calada, e não criava dificuldades pro que já tinha feito antes e até algumas novidades.
- Vira e me mostra?
Ela virava de bruços na cama, obediente, a bunda linda e redonda toda nua a minha disposição. Abrir as bochechas macias e ficar olhando e passando os dedos bem ali...ah!não havia coisa mais deliciosa! A xana com poucos pelinhos espremida entre as coxas, o buraquinho minúsculo se escondendo entre as carnes brancas e coradas...Nem dá pra descrever o que era ver tudo aquilo ali com a luz acesa, e ainda poder sentir o calor e o cheirinho que subia e entrava pelo nariz, fazendo meu sangue ferver.
Só permitia enfiar a ponta do dedo. Mas eu sempre desobedecia e lutava contra a mãozinha chata, até o dedo não poder entrar mais, fervendo inquieto lá no fundo. Ela ficava se revirando, reclamando, mas acabava quieta, só resmungando com a cara escondida nas mãos. Mas não ficava assim por mais de uns segundos e se virava logo, agora me mostrando os peitinhos inchados de excitação. Porém bom mesmo era saboreá-la em meus dedos.
- Eca! nojento!
- Ha! ha! delícia!
- Depois não me beije!
- Vem, dá um beijinho aqui!
- Sai! Sai!ela reagia, me empurrando.
Mas acabava beijando, e mais forte que antes.
- Agora me chupa um pouco, vai!
- Deus me livre!
Pronto;isso não fazia mesmo! Não chupava. Sentia grande vergonha de chupar, e dava desculpas infantis:
- Você diz pros seus amigos.
- Cê é louca?! Lá vou comentar isso com ninguém!
- Não, chupar, não!
Até parecia que já não tinha feito quase tudo.
Eu insistia, insistia, mas era teimosa e irritante com aquela recusa boba. Como eu desejava sentir a boca bonita me sugando! Gozar nas coxas e na mão já não tinha tanta graça mais. Se não podia na boceta, era na boca pelo menos, já que na bunda eu nem tinha coragem de pedir. Certamente daria briga só em falar, eu imaginava.
Pra me distrair e se aliviar um pouco da pressão, veio com a idéia de me deixar gozar entre os peitos também. Alguma amiga esperta devia ter ensinado, porque durante algum tempo achei o máximo roçar o membro entre as maminhas rígidas e no fim vê-la cobrir o rosto com o travesseiro para não levar jatos de leite na cara. Morria de nojo quando o pescoço ficava todo lambuzado. Nessas horas, antes de gozar, eu tentava fazer com que me chupasse. Era um sonho erótico que se repetia quase todas as noites: ela me chupando e de repente engolindo tudo. Mas como, se nem colocava na boca?! Aqui também eu me descontrolava às vezes. Ia pra cima e o pênis se esfregava nos lábios cerrados, a cabeça dela dizendo não, evitando-me. Acho que ela gostava quando eu fazia aquilo. Gostava, gostava, sim, de sentir meu pinto duro nos lábios, no nariz, na cara toda. Se não gostasse, não ficava só empurrando minha barriga sem força, quase sem lutar, como sabia fazer tão bem. Mas os lábios não se abriam.
- Um beijo na cabeça dele pelo menos, eu pedia.
- Sai! Pára!ela respondia, agora com a mão defendendo a boca, mas rindo.
Coisa de enlouquecer qualquer um! Tão minha ali nua na cama, fresca e ardente! E tão impossível!
- Quando vai me deixar meter, hein? eu perguntava, meu dedo roçando a fenda bem gostoso pra dar vontade nela.
Mas essa era uma pergunta que não me respondia nunca. Apenas enrolava, pedindo pra me masturbar. Minha paciência já estava chegando ao fim após tantas noites frustradas. E os aborrecimentos já eram maiores que os prazeres. Comecei a achar que jamais aconteceria entre nós. Aquelas coisas tão excitantes no início estavam aos poucos se transformando numa tortura pra mim. Desejos masculinos não se deixam enganar por muito tempo.
Meu aniversário de dezessete anos foi comemorado em minha casa. Mamãe gostava de festas e não deixava passar uma data especial sem comemoração animada. Era de noite, muita gente convidada, comida farta nas mesas espalhadas pelo jardim e no terraço amplo. No interior da casa, lá na sala, nossos amigos dançavam músicas lentas abraçados, num baile bem romântico. Ainda me lembro das notas tocantes de ”Love is Love” rolando por toda a sala semi-iluminada, os casais se beijando. Lá fora, os mais velhos preferiam conversar sentados nas rodas de cadeiras em volta das mesas já devoradas.
Ela veio toda excitada me procurar na cozinha enquanto eu falava com um garçom. Estava linda num vestido róseo que deixava ver os joelhinhos bonitos. Toda pintada, pois era muito vaidosa, os lábios alegres e sensuais brilhando com o gloss. Disse que queria muito falar comigo e reclamou de haver gente por toda a casa, inclusive em meu quarto. Puxou-me pela mão conduzindo-me para o jardim lateral. Era o lugar mais tranqüilo que havia, e escondido também, pois a má iluminação e as plantas de mamãe formavam um esconderijo aonde a festa só chegava pelo som da música e das vozes das pessoas. Por entre samambaias dependuradas e pequenas palmeiras, só víamos as sombras dos convidados se movendo lá no jardim da frente.
- Vim te dar mais um presente. Adivinha o que é, ela me desafiou sorrindo com ar travesso, as mãos na cintura.
- Sei não; cadê? perguntei inocentemente, sem ver presente algum.
- Fecha os olhos.
Fingi que fechava e a vi enfiar a mão no decote e retirar de lá uma minúscula calcinha azul com fitinhas brancas nas laterais. E me fez segurar a peça na mão.
- Calcinha?!eu me admirei, sem entender nada.
Ela deu risadas.
- Você não gosta de cheirar minhas calcinhas? Então cheira essa; acabei de tirar lá no banheiro.
Fiquei sorrindo sem acreditar, olhando ora pra ela ora pra calcinha. Ela não parava de rir levando as mãos à boca, se divertindo com meu espanto.
- Você tomou ponche, não foi? perguntei, pois tinha jeito de estar alcoolizada.
- Um pouquinho só.
Levei a calcinha ao nariz e senti que estava fortemente impregnada com seu cheiro. Puxei a safada pra mim e comecei a beijá-la, meu pênis já endurecendo e entrando na barriga dela, a bunda gostosa e grande não cabia em minhas mãos. O gosto de álcool e de frutas passava de sua boca pra a minha. Nunca a tinha visto tão excitada, atacando-me com a virilha, os peitinhos duros em meu peito.
Levantei o vestido e constatei que estava mesmo nua por baixo. Minha mão se umedecia quando eu pegava na vulva muito quente, meus dedos afundando entre os lábios carnudos. Ela mesma desabotoou minha calça e libertou meu pênis, e apertou-o com força. Gostava muito de ficar pegando e depois puxar a pele pra ver a cabeça sair da capa arregaçada.
Não brigou, como às vezes fazia, quando encostei um dedo no ânus e massageei a borda pregueada. Apenas me abraçou mais forte. Então sussurrou em meu ouvido:
- Quer ver se consegue meter atrás?
Em quase estado de choque, fiquei sem reação.
- Ãhã, eu fiz, meio que fora do ar após uns segundos de perplexidade.
Então ela se virou, olhou assustada por entre as plantas pra se certificar de que ninguém nos via e levantou o vestido com uma das mãos, a outra se apoiando no muro.
- Fica olhando se ninguém vem, por favor, ela pediu, preocupada mais com nossa privacidade.
Eu só olhava pra baixo, via a bela bunda se oferecendo e não acreditava que ela fosse me deixar fazer aquilo mesmo.
- Aí, não! ela brigou quando meu dedo entrou um pouco na vagina.
- Eu sei; só pra molhar, expliquei.
O que ajudou mesmo foi a saliva que ela própria passou. Depois disso, só me lembro que eu me tremia todo sentindo o pênis entrando apertado entre as nádegas sob meu olhar desvairado. Ela nada dizia, apenas soltava leves gemidos, porém deixando entrar cada vez mais, a bunda firme, o ânus me apertando vivamente, quente e gostoso. As nádegas fartas encostaram em minha virilha.
- Vai com calma, ela me pedia quando eu já estava todo dentro.
Meu pênis latejava de prazer, atolado naquela fornalha de carne. Pelo modo como jogava a bunda pra trás, pareceu-me apreciar muito aquilo, sempre gemendo a cada estocada profunda que eu lhe dava. De vez em quando olhava em redor com medo de alguém aparecer. E quando o membro saltava pra fora, ela se ajeitava, empinando a bunda pra eu meter novamente.
- Não demora muito, tá?ela me pediu depois de algum tempo.
Eu me mexia, indo fundo e recuando, cada vez mais rápido. Segurava-a pela cintura e dava golpes violentos contra os montes da bunda, um prazer absurdo envolvendo meu membro. Vi o braço dela se mexendo e notei que se acariciava na frente enquanto eu entrava forte atrás. Tive um gozo tão forte que meu pênis doía com os jorros saindo violentamente
- Gozou?ela me perguntou.
- Ainda não; espera, eu disse, continuando a me mexer, sem querer sair de dentro daquela maravilha, o pênis ainda bem duro.
- Você gozou e tá continuando, né?
- Espera, espera, eu pedia, sem querer largá-la.
- Ai! Já chega! quero ir no banheiro!ela reclamou.
- Já tá vindo, tá vindo!
- Hum, ai! não agüento mais! tá ardendo! ela choramingou e escapou baixando o vestido.
Foi sua mão que me ajudou a gozar pela segunda vez. Ficou com os dedos lambuzados e foi se lavar na torneira ali perto. Aos poucos voltei a ouvir a música, o som das risadas das pessoas e a voz de minha velha tia Amanda ali dentro do meu quarto, pertinho de nós:
- Onde está o aniversariante, gente?!
Esse foi o melhor presente de aniversário que já ganhei em toda minha vida. Mas só depois cheguei a conclusão de que já era um pouquinho usado e não sei porque fiquei com a sensação de ter sido enganado de alguma forma desde o início do nosso namoro.
Fim
Quase Casando
Ele tinha acabado de entrar no banheiro, e ela o aguardava já banhada e pronta. Preferia que tivessem tomado banho juntos, mas não ousou dar a idéia uma vez que ele mesmo não a tivera.
Noiva, noiva!Quase casando!Difícil voltar atrás agora com os convites rodando na gráfica. Não que estivesse arrependida...ou estava? Não, isso não! Talvez um pouco frustrada. Naquele momento não sabia ao certo. Se ao menos ele...não era possível que tivesse feito uma escolha tão...
Ah! quanta diferença pra Marcos! Este é que era homem pra divertir uma mulher na cama! Os amigos o chamavam de Marcão. Até o nome era forte e másculo! Ai! não queria lembrar! Era um cafajeste. Noiva dele, de Marcos?Nem dava pra se imaginar casando com um troço daqueles! Coitada de quem se casasse com aquilo! Um galinha, um irresponsável, um patife! Mais grosso não havia. E vaidoso! Dava nojo ver o sorriso no canto da boca charmosa, todo convencido de que ela ainda gostava dele. Coitado! Só porque o tinha beijado num momento de fraqueza. Beijado nada! Ele foi quem a agarrou a força. Tinha tanta força naqueles músculos violentos, quase arrebentando as mangas da camiseta, o peito forte e bonito...Ah! era ridículo. E ainda vinha se humilhar depois de tudo que aprontara, o descarado.
- Carona?
- Não! muito obrigada!
- Orgulhosa!
- Pois tá!
- Cê tá com o cara errado e sabe disso.
- Me deixe em paz! Já não lhe disse mil vezes que acabou?!
- Vai dizer que não sente saudades daqueles...
- Olha, nem se atreva a falar disso, ouviu?!me esqueça!
- Tanta raiva ainda? Depois desse tempo todo?! Se se arrepender e quiser me dar outra chance, já sabe: tô sempre nas áreas.
Tô sempre nas áreas.arre! que vulgar!
O ônibus tinha passado e parado longe. Ela correu com os livros apertados aos peitos. Quase podia senti-lo olhando para sua bunda bonita enchendo a calça jeans.Antes de pôr o pé no primeiro degrau, deu uma rápida olhada pra trás e viu que ele ficara lá parado na moto com o capacete nas mãos, observando-a com aquela sua cara de cachorrinho triste. Não! era cara de gente cínica mesmo! Lá ia ter pena de homem sem caráter!
E que diabos Evangelista tanto faz no banheiro?! Se ao menos valesse a pena depois...
Nossa! que horrível ter pensado isso!
Ai! pra que foi noivar tão rápido?! Melhor ter esperado mais um pouco. Não tinha tanta pressa.
Mas ia esperar o quê, se gostava dele e ele a amava? E se não faltava mais nada! Ele até já comprara o apartamento onde iam morar! Homem melhor não encontrava. Podia até se dar ao luxo de não trabalhar e ainda sustentá-la muito bem se quisesse. O pai podre de rico, ele já formado em Advocacia e não querendo mais nada senão casar com ela.
Mas era mesmo pra casar? Tão nova ainda!
Quase um mês sem se verem. Viagem inesperada. Podia ser que agora o tesão o fizesse se soltar. Quando vai me pegar de jeito? Ave! que safadeza ter pensado isso! Será que pegava muito mal insinuar umas coisas? Se tivesse mais coragem pedia pra ele fazer daquele jeito que o Marcos...não, não! Era melhor esperar ele querer, ir com calma. Ele se assustaria com ela. Era tão certinho e bem comportado que era capaz de ficar chocado. Ou então podia fazer assim para ele ter idéias, ou talvez perguntar se...Nossa! não dava! Com Evangelista não dava pra dizer isso! Ai! ia ficar doida! Pra que foi se envolver com ele assim tão depressa?! Devia ter pedido pra pensar mais um pouco antes de aceitar o noivado. Também a mãe não dava trégua! Aceita, minha filha! Aceita! Homem assim não se encontra em lugar nenhum! E ainda tinha a melhor amiga lhe enchendo a cabeça de idéias: Eu casava mas não ia deixar de gozar por isso. Ah! mas aí já não era com ela. Não era dessas. Cachorrada trair um homem assim tão bom, que a amava e tudo fazia por ela. Paciência! Com o tempo tudo se ajeitava. Era questão de se conhecerem melhor, terem mais intimidade. Tem homem que é assim mesmo no começo: respeita, tem vergonha, quer mostrar que é digno da mulher que ama. Porém, mais cedo ou mais tarde, põe as garrinhas pra fora. Mas tem uns que são insossos mesmo! Quando não são...Nossa! como é que uma mulher pode ser feliz sem umas safadezas de vez em quando?! Que mal há em...Não!melhor esquecer!...
...Marcos é que jamais seria corno por um motivo desses. Ele não! Já era até safado demais. Fazia até sem permissão se ela não lutasse, mordesse e arranhasse. Animal tarado! Quase à força mesmo. Mas o bom era fingir que não queria, que não gostava e depois poder ficar com cara de ofendida e muito envergonhada. Ninguém poderia acusá-la de ser indecente, ele muito menos. Como?se praticamente a obrigava a aceitar aquelas coisas feias?! O braço forte prendendo-a pela cintura, sem lhe dar chances de fugir, retirava-lhe quase toda a culpa. Muito cômodo ser frágil nos braços musculosos de um pervertido. Não gosto disso! Só faço porque você insiste!
- Ô Evangelista!que você tanto faz aí nesse banheiro?!
Era a barba. Quase um mês sem transarem e ele ainda se demorava por causa da barba por fazer! Se o bom é a barba espinhenta arranhando a pele do pescoço, causando arrepios em todos os pelinhos! Como a barba sempre mal feita dele, do cachorro!...
...a barba mal feita traz lembranças do primeiro beijo. Foi ali na pista de dança mesmo, de surpresa e quase à força. Não sabia pedir nada, como se ela já fosse uma antiga propriedade sua. Agarrou-a e beijou-a, um lobo que salta sobre uma coelha desatenta. Ave! como foi bom! A barba áspera, a língua obscena procurando a dela, o braço de ferro nas costas, obrigando-a se encostar cada vez mais naquela coisa dura. E depois, se não se defende, era comida logo ali detrás do clube mesmo, imprensada contra a parede, no quase-escuro da rua, os carros passando vez e outra. Mas no dia seguinte não escapou. Que loucura aquele fim de tarde! Detrás das pedras, na praia. Não havia lugar nem hora certa pra lhe descer a calcinha e penetrá-la por minutos a fio, às vezes nem tirava de dentro quando gozava. Fazia duas vezes sem parar. E nem motel pagava, o pão- duro! Na verdade não gostava. Selvagem! Comia-a pelos lugares públicos da cidade, no meio da noite ou até do dia. Onde que ela andava com a cabeça naqueles tempos?! Que vergonha!
Mas não dava pra negar que era bom. Jamais esqueceria aquela noite, sentada no colo dele naquele banco de praça.De olhos fechados, delirando com o polegar dele entrando atrás, não viu o mendigo espiando escondido detrás das plantas.
- Calma que o homem não tá fazendo nada, ele disse prendendo-a firme quando ela se assustou e quis fugir dos olhos do bêbado.
Foi obrigada a ficar naquela posição mesmo, o pênis se movendo por baixo quando ela não teve mais coragem de se mexer ,se rebolar e pular como antes fazia. Que remédio?Só fechou os olhos e procurou fazer de conta que só existiam os dois em todo o mundo naquele instante. O homem que olhasse o quanto quisesse.
Só que vexame foi depois, na hora de subir na moto com o homem olhando-os com cara divertida. Agora dava pra rir, mas na hora...Jamais faria coisa parecida novamente. Cada vergonha!
E toda transa como aquela era uma calcinha que chegava em casa encharcada do esperma que ia escorrendo por causa das pernas abertas na garupa da moto veloz. No dia seguinte, quando ia lavar a roupa, a pobre da mãe não conseguia entender aquelas manchas amareladas na calcinha branca de algodão.
- Que diabo é isso, Marina?!
Ficou gelada e, quando a velha ia levar o pano ao nariz para cheirá-lo, ela arrancou-lhe a calcinha das mãos e alegou que era sujeira da garupa da moto do namorado.
- Não gosto que você ande com esses rapazes de moto. Olha que o povo fala, Marina! Não quero filha minha trepada em garupa de moto. Reze pro seu pai não ver isso!
Se o pai soubesse! Nem imaginava! Os dois naquele dia no meio do mato quando iam pra casa de serra de um amigo. Ela tinha visto os pés de sapoti carregados à beira da estrada e comentado que adorava sapoti. A moto entrou na primeira brecha que ele viu na cerca de arame, descendo o barranco perigosamente. Inocente, pensava que ele tinha boas intenções.
Enquanto comia sapoti e se lambuzava toda, ele ia beijando seu pescoço por trás e descendo-lhe o short jeans.
- Ah!aqui não, Marcos!
- Que que tem? Tamo bem escondidinhos aqui!
- Vamos chegar muito atrasados lá no churrasco.
- Prefiro comer carne crua, ha!ha!
- Não seja vulgar! Hei!já não disse que não vou fazer isso?! ela reclamou quando percebeu que ele lubrificava-lhe o ânus com saliva.
- Pôxa, Marina, se eu não comer esse seu rabo gostoso vou ficar louco!
- Não quero, Marcos! Me solta!
- Deixa, vai? Por favor! ele pediu humildemente pela primeira vez, a boca sussurrando junto ao ouvido dela enquanto o pênis duríssimo já entrava pelas coxas e ficava roçando na fenda já se umedecendo.
Ela se derretia com ele abraçando-a daquele jeito, dando-lhe beijos e apertando os seios sobre a camiseta de malha.
- E se eu não gostar, você jura que pára?
- Juro, claro!
- Vai fazer devagar?ela perguntou.
- Devagar e gostoso.
Ela já foi se apoiando num tronco de árvore na expectativa nervosa de recebê-lo atrás pela primeira vez.
Fazia tempo que ela queria experimentar aquilo, mas só agora tinha coragem suficiente, assim como um desejo muito forte naquelas circunstâncias inesperadas . O dedinho que sempre se remexia deliciosamente lá dentro a deixava louca e cheia de vontades que não tinha coragem de confessar. Imaginava como seria se fosse o membro grande e gostoso dele.
- Ai!ai! marcos!
Maior que a dor inicial foi a vergonha de permitir aquilo. Sentiu o ânus se abrir e alargar, mas gostou quando o rapaz ficou só parado depois das reclamações dela, pedindo para ele se retirar. Doía levar atrás, mas também era bom, pois ele sabia como fazer e até se lembrava de acariciá-la gostoso na frente. Acolheu-o por inteiro, apesar do incômodo. Enquanto ele fazia, ela gemia e choramingava pedindo pra ele acabar logo. Não ficava bem demonstrar que apreciava senti-lo assim, e logo na primeira vez.
Quando ele acabou, ela disse zangada, para disfarçar, o ânus ardendo, mas contente.
- Nunca mais deixo você fazer isso comigo, ouviu?!
Mas no outro dia deixou de novo, quando ele a levou a um motel caro pela primeira vez.
- Não gosto disso, Marcos! Dói muito! Parece um ferro quente lá dentro!
Passaram-se dias depois disso sem que ele tentasse sodomizá-la novamente. Parecia ter perdido o interesse. Ficou confusa, perguntando-se o que teria acontecido. Por que foi dizer que não gostava?
- Você nuca mais quis fazer daquele jeito, ela comentou, como se falasse por falar, logo após terem transado, deitados na cama.
- Você disse que não gosta; não quero forçá-la a nada.
- É verdade; não gosto mesmo.
- Então pronto!
- Mas também, se for pra ficar zangado...prefiro deixar que faça.
Apenas ela disse isso, foi agarrada, beijada e depois colocada de quatro. Nunca foi tão bom receber e dar aquele tipo de prazer. Um prazer infernal que a fazia gemer e se lamentar baixinho ao mesmo tempo que se acariciava e gozava. Mas o sacana só se satisfazia se a envergonhasse e humilhasse um pouco. Todo colado a ela e puxando-a pelos cabelos para sussurrar em seu ouvido, ele exigiu:
- Diz que gosta de dar abunda pra mim, diz!
Ela ficou calada.
- Vamos! diz! ele insistiu, puxando-lhe os cabelos com mais força.
- Pára!
- Fala!
- Eu gosto, ela gemeu fraquinho.
- Cadela safada! ele xingou e deu-lhe vigorosos golpes que logo resultaram num intenso gozo de deixá-la cheia.
Foi por esse tempo que ela perdia a cabeça de vez e quase toda a vergonha. Não havia nada que ele pedisse que ela não fizesse, pois tudo que fazia com ele era bom. Parecia adivinhar os mais secretos desejos e fantasias dela e não lhe fazia uma carícia que não repercutisse em todo seu ser.
Sem dúvida, foi feliz com ele naqueles tempos. Mas também sofreu depois. E como sofreu! Tinha visto a outra na garupa da moto toda a braçada a ele, a bunda grande e bonita no lugar que era dela. Como ele pôde ser tão...tão...E ainda quis se justificar:
- Mas era só uma amiga! ele jurou quase chorando.
Falso! Conhecia-o muito bem. E não houve perdão. Tudo acabado pra sempre. Noivou dois meses depois. Por vingança? Não, não! Evangelista é que era o homem certo pra ela. A mãe e o pai tinham razão.
- Apago a luz, meu amor? perguntou o noivo ao sair do banheiro, banhado e de barba bem feita.
- Se você quiser, ela respondeu.
Fim
Coisa Extraordinária
Certa manhã, acompanhei Maria, a bela e jovem empregada de meu primo Eduardo, até o local onde os pescadores vendiam seus peixes capturados de fresco.
Águas Verdes era um lugarzinho pitoresco, praias quase desertas, dunas alvíssimas, vilazinha de pescadores, jangadas flutuando na água verde-azulada.
Íamos nos aproximando de um jovem caiçara negro que consertava sua rede quando Maria, de repente, me puxa pelo braço e me arrasta para outra direção. Assustei-me com aquele gesto brusco dela e exigi que se explicasse. Pediu-me desculpas e respondeu, sorrindo encabulada:
- É aquele homem, D. Fernanda! Me persegue, quer me paquerar e tenho medo dele!
- Medo?! Por que, menina?! Um rapaz tão bonito!
- É que a Senhora não sabe da estória, ela disse dando risadinhas daquele seu jeito sonso e infantil.
- Mas que estória?!
- Deixa pra lá; não é nada, não.
- Vamos, Maria! Não me mate de curiosidade, criatura! Conta logo! Qual o problema com o rapaz?!
Andamos alguns metros sem que ela falasse ou olhasse para mim. Apenas tapava a boca com a mão e ria baixinho sem parar.
- Fala logo, menina! Deixa de coisas! ordenei, parando em sua frente e sacudindo-a pelos braços, pois sou uma pessoa curiosíssima e aquele mistério bobo estava me matando.
- Dá vergonha de falar, D.Fernanda, ela desculpou-se.
- Vamos! Diga!
- Promete que não vai se zangar comigo?
Prometi com muita impaciência.
- É que aquele é o Zé Enguia...
Mais risadas, e continuou:
- Dizem as más línguas que ele tem...tem...ai...ai...será que digo?
- Maria! berrei.
- Tá bem! o povo comenta que ele tem...tem...tem um pinto ENORME! hi, hi! As moças daqui morrem de medo dele.
Explodi numa forte gargalhada ao ouvir explicação tão inusitada.
- A Senhora ri então?! É porque não é a Senhora que ele persegue! É doido por mim e não pode me ver que vem puxar conversa. Mas eu quero é distância! Sai pra lá, pintudo!
- Meu Deus! Você me mata de rir, Maria!
Achei a estória tão cômica que, quando retornamos à casa, contei-a ao pessoal - meu primo, meu marido Júlio e os amigos que passavam o fim-de-semana conosco. Foi a piada do dia.
Claro que eu não levei a estória de Maria a sério; era bem provável que aquilo fosse invenção dos locais, resultado de alguma brincadeira de mau-gosto. Porém a conversa com Maria ficou dando voltas em minha mente e, ao me deitar com Júlio à noite, minha imaginação se inquietou com a idéia de haver um homem de pênis descomunal andando por aquelas praias desertas.
Fui adormecendo com estranhas imagens em minhas retinas. Pensei em Zé Enguia e em meu marido nus lado a lado. Cena engraçada: a enguia gigante e a minhoca tímida. Dei risadas. Mas logo me arrependi daqueles pensamentos perversos. Sempre amei meu marido, apesar de ele ter mesmo uma coisinha minúscula que me dá pouco prazer.
Entretanto, na manhã seguinte, não sei que me deu que quis sair sozinha e andar pela praia, apreciando a encantadora paisagem marítima e a movimentação dos jangadeiros em sua labuta matinal. Na verdade, eu estava era com vergonha de admitir a mim mesma que era levada por uma vaga esperança de encontrar Zé Enguia por ali, casualmente.
Surpreendi-me a procurar ansiosa pela figura dele entre um grupo de homens reunidos em torno de uma pequena embarcação. Perguntei a mim mesma que diabos eu estava fazendo por ali àquelas horas precoces do dia, meu querido marido ainda dormindo, sem nem desconfiar de que eu já não me encontrava a seu lado na cama.
Quando já pensava em retornar para casa, avistei o homem acabando de arrastar uma rede de pesca para fora da água, ajudado por um velho e um outro rapaz. Meu coração se agitou sem motivo, e por um instante fiquei paralisada, perdida, sem saber se prosseguia em meu caminho ou se me aproximava do grupo. Para fazer o quê? Não sabia. Mas, quase sem me sentir, aproximei-me. Os homens me olharam com curiosidade e eu, por pretexto, disse para o tal Zé Enguia, bastante nervosa:
- Quero comprar uns peixes, moço.
- É só escolher, Dona, disse ele sorrindo com simpatia e estendeu as mãos na direção da rede cheia de pescados.
Atarantada, escolhi dois ou três peixinhos sem nenhum critério. Depois procurei dinheiro nos bolsos de meu vestido, mas não encontrava.
- Não se dê ao trabalho, moça; pode levar, que não é nada, ele ofereceu.
Protestei contra sua generosidade, mas ele insistiu, e eu aceitei o presente. Depois não consegui encontrar palavras que pudessem dar início a uma conversa aceitável e me senti uma boba. Agradeci acanhada e me afastei com passos apressados, louca para chegar em casa, com remorsos de ter saído assim às escondidas de meu marido, levada por sentimentos indignos de nosso amor.
A partir de então, não consegui parar de pensar em Zé Enguia e em seu mistério fálico. Perguntava-me até que ponto seriam verdadeiros os boatos sobre suas proporções.
Os dias de nossas férias ali em Águas Verdes iam se passando e, sempre que eu avistava o homem pela praia, minha imaginação começava a se perturbar. Será mesmo?! eu me questionava. Pensava no pênis dentro do calção, enrolado como uma jibóia, escondida entre as pernas fortes e bonitas dele, uma coisa tremenda, três ou quatro vezes maior do que o pintinho de Júlio? De que tamanho exatamente?
Não que eu fosse uma tarada com obsessão por medidas. Nem ao menos tinha uma noção do que seria um pênis de tamanho normal, pois o único que já tinha visto e medido era o de Júlio. Mas tentava-me a idéia de ver um homem bem-dotado nu e ao vivo. Apenas para ver, claro; nem passava pela minha cabeça outro propósito. Simples curiosidade mesmo, assim como a de quem nunca viu uma coisa rara, uma anaconda, por exemplo. Quem já viu uma anaconda de perto? Eu nunca vi e não conheço ninguém que já tenha visto, ora! Sim, seria como ver uma assustadora anaconda, e eu manteria uma segura distância do bicho.
Outra vez me encontrei sozinha em passeios matinais pela praia. Minhas pernas já sabiam aonde ir e acabei avistando o pescador consertando sua rede sentado na jangada.
Como sempre, senti um alvoroço no meu peito. Que grande vontade não tive de me aproximar e perguntar, assim na lata, se era mesmo verdade o que se comentava dele! Obviamente eu jamais faria isso. Contudo, meu interesse por seu segredo era insuportável.
De repente, me veio uma coragem não sei de onde e me aproximei. A princípio eu não soube o que dizer, mas logo me ocorreu uma ousada idéia e, antes que eu pudesse refletir sobre meus atos, as palavras saiam de minha boca:
- Quanto o Senhor cobra pra me levar num passeio de jangada?
Ele me olhou surpreso, depois interessado. Não sei se me reconheceu, mas passou rapidamente os olhos por meu corpo, sorriu de leve e disse:
- Pra Senhora é de graça, Dona!
Senti-me ofendida com sua atitude galante, quase desrespeitosa. Por pouco não lhe dei as costas e fui embora. Porém algo dentro de mim me dava sangue-frio.
Girei meu anel de casamento no dedo para deixá-lo bem avisado e disse com sequidão:
- Prefiro pagar, por favor!
- Como queira, Senhora, ele disse fazendo-se sério de repente, muito mais respeitador.
Entramos num bom acordo. O passeio seria rápido, ao longo da costa apenas. Lá fomos.
Coisa divertida é navegar numa jangadinha daquelas. O vento úmido e quente zumbindo nos ouvidos, arrepiando os cabelos e açoitando a pele, deliciosamente. As ondas batiam forte na proa e nos jogava para o alto com grande emoção para mim, como num brinquedo de parque de diversão. Eu dava gritos de excitação agarrada ao banquinho de pau em que ia sentada, já toda molhada com a água que respingava das ondas.
- Ai! que gostoso, moço!
Ele se divertia com minha euforia e de propósito deixava a jangada ir do modo mais turbulento.
Quando enfim nos afastamos da rebentação e o passeio tornou-se mais tranqüilo, começamos a conversar. Ele era bastante tagarela e logo foi me contando suas estórias impossíveis de pescador, suas aventuras de jangadeiro. Em pouco tempo estabeleceu-se alguma intimidade entre nós e eu me senti mais à vontade para lhe fazer algumas perguntas. Mas só consegui ficar dando voltas e voltas, sem coragem de abordar a questão que me angustiava. Mais de uma vez procurei convencer-me de que não havia mal nenhum em lhe pedir uma confirmação ou negação dos boatos que rolavam a seu respeito. Mas, quando as palavras iam sair de minha boca, eu me dava conta do ridículo de meus pensamentos.
No apertado espaço da jangadinha, ele ia de pé controlando a vela, e eu, sentada, ficava com o rosto à altura de sua cintura nos momentos em que ele não lutava contra a vela. Assim eu não podia evitar olhar muito para a parte do calção onde supostamente se escondia um pênis gigante. Eu tentava manter a cara voltada para o mar, mas meus olhos sempre giravam em direção ao mistério. Só pelo volume, não dava para supor nada de extraordinário. Porém a ausência da materialidade da coisa só incendiava ainda mais minha imaginação. Aninhada entre as pernas, bem enrolada, eu pensava. E o coração ia se perturbando mais e mais a cada silêncio entre nós.
Após percorrermos considerável distância, concordamos em que já era hora de retornar. Com sua voz rude, ele prosseguia em suas estórias. Embora me tratasse com respeito, eu quase podia sentir seus olhos sensuais se enfiando entre meus seios no biquíni, lambendo minhas coxas, minha virilha e barriga. Eu estava toda molhada das ondas e minha canga se colava a minha pele e revelava formas que eu não conseguia esconder. Apesar disso, eu mantinha meu ar sereno e natural, sorrindo e demonstrando interesse em sua conversa. Por dentro eu morria de vontade de lhe fazer a pergunta crucial. Às vezes a vontade era a de pedir que baixasse o calção e matasse logo de uma vez aquela minha louca curiosidade. Houve momentos em que estive a ponto de eu mesma arrancar-lhe a roupa para ver tudo com meus próprios olhos. Imaginei-me fazendo isso e sorri do vexame que seria. Depois voltei a considerar a idéia, dizendo para mim mesma: Por que não?! Por que não cometer uma loucura uma vez na vida?! Puxo-lhe o calção de repente e...voilá! a verdade vem à luz! Pronto, está decidido! Vou fazê-lo agora!
Não ousei, claro. Respeito, pudor, recato, sanidade...
Nosso passeio se aproximava do fim e tomei coragem de sondar o enigma de um modo menos comprometedor:
- Você é bem conhecido por aqui, não é mesmo? perguntei num tom casual.
Ele sorriu, mudou a posição da vela e finalmente disse:
- Sou mesmo, mas como a Senhora sabe?!
- Maria, a empregada do seu Álvaro, meu primo...
- Ah! Claro! Mariazinha do seu Álvaro...então a Senhora é de lá da casa?
- Sou, sim. Meu marido e eu estamos passando férias por aqui. Comemoramos dez anos de casados.
- Vixe! uma moça tão nova e formosa como a Dona...ninguém diz que já tem marido esse tempo todo!
O elogio surpreendeu-me, pois na época eu tinha trinta e dois anos e umas ruguinhas já enfeitavam meus olhos. Fingi indiferença ao galanteio e continuei a campanha de provocá-lo e ver o que saía de sua própria boca.
- Ouvi dizer que você anda caído por Maria, é verdade, José?
- He! he! é verdade, sim, ele confessou um tanto encabulado.
- Mas parece que ela tem medo de você; por que será, hein?
Imediatamente me arrependi da pergunta, pois ele me olhou com expressão risonha e debochada que parecia dizer: Então a Senhora já sabe, a Senhora já sabe, né? Senti meu rosto queimar de vergonha, mas já tinha ido longe demais para recuar.
- Por que, hein! José ? insisti, como se fizesse uma pergunta inocente.
Dessa vez ele baixou a cabeça, sacudindo-a com um sorriso.
- Não sei, não, Senhora...acho que é umas coisas que dizem de mim por aí...
Meu coração deu um pulo, mas fui em frente:
- Que coisas dizem de você?! indaguei num tom de surpresa ingênua.
- Ah! falação do povo; coisa que dá vergonha de falar...
- Por que vergonha? É coisa tão ruim assim?
- Sei não...
- Se você não me disser do que se trata, vou ficar pensando coisas horríveis de você.
- A Senhora vai se ofender se eu falar; é coisa feia, sim.
- Pode dizer, José; não pode ser tão mau.
- Bem...se a Senhora insiste, he! he!, ele riu, mas calou-se por um instante, a cabeça baixa.
- Fale, homem!
- É, né? é que espalharam que tenho...tenho a piroca muito grande, hi!hi!hi!
Já não deveria ser surpresa essa revelação. Mas ainda assim escandalizei-me com as palavras. Meu sangue ferveu, faltou-me ar, remexi-me no banco. Porém dominei-me logo e dei uma risada para afetar naturalidade, como se não tivesse ouvido nada de extraordinário.
- Então é isso?! Mas não é uma coisa ruim, não é mesmo?
- He!he! é mesmo, né?
Ficamos em silêncio por alguns minutos. Grande vergonha, excitação e curiosidade, tudo me agitava ao mesmo tempo. Continuávamos velejando de volta ao ponto de partida, singrando com grandes voltas, de forma que quase não avançávamos, como se ele se retardasse de propósito, à espera de algo que se anunciava. Eu procurava palavras para dizer, mas elas vinham até minha garganta e enganchavam. Mas de repente, arrisquei:
- E é verdade ?
- O quê?
- É muito grande?
- O povo é que diz...
- Sei, sei...
O que fazer?! O que dizer?! Para onde olhar?! Mesmo com o rosto virado para a praia, eu pressentia os olhos dele em busca dos meus, o sorriso malicioso. E como se adivinhasse meus pensamentos:
- A Senhora quer ver?
- Ver o que, rapaz?!
-A coisa! não quer saber de que tamanho é?
- Como?! Ora, me respeite! Onde já se viu?! reagi, indignada, fuzilando-o com os olhos. E acrescentei: - Chega dessa conversa! apresse-se e me leve logo de volta, por favor!
- Como queira, Dona, disse ele zangado como se eu é que o tivesse insultado.
Movemo-nos mais rápido rumo à praia, ninguém ao redor num grande círculo de água e de perturbador silêncio. Não sei descrever o que senti naqueles breves segundos, mas era como se algo me sufocasse. De repente, desembuxei, nervosa e num tom autoritário que mal disfarçava minha fraqueza:
- Espere! Mostre-me! Mostre-me! Vamos! Mas só quero ver, só ver, é só curiosidade, compreendeu?!
A cara fechada dele abriu-se num enorme sorriso e ele apressou-se em baixar o calção. Quando a cueca desceu, Cristo! surgiu, a poucos centímetros de meus olhos, uma coisa medonha, uma tromba negra que começou a se erguer como que animada por minha presença.
- Chega! chega! Guarde isso! guarde! Já vi o suficiente, eu gritei histericamente, virando o rosto, a garganta quase fechando de nervosismo, o coração aos saltos.
Ele assustou-se e suspendeu as roupas. Eu mal conseguia respirar. E que vergonha! Tinha simplesmente acabado de pedir a um homem que me mostrasse seu enorme pênis, eu que era uma mulher bem casada e que sempre soubera me dar ao respeito.
Entretanto nunca tinha visto nada parecido, nem em revistas. Quantas vezes maior do que a de Júlio? Oh! Jesus! senti incontrolável desejo de ver novamente.
- Vamos! Vamos! Deixe-me ver mais uma vez!
Ele sorriu e logo baixou o calção e a cueca juntos. A coisa saltou como uma mola dessa vez.
- Nossa! deixei escapar, abismada, pois o início de ereção dava um aspecto ainda mais incrível ao negro rolo de carne.
A jangada flutuava e ondulava mansamente. Eu hipnotizada. A estupenda coisa escura inchando e se erguendo entre meus olhos, a cabeça saindo da capa, vermelha e brilhante, a boca babando uma gota cristalina. Os testículos eram duas bolas de tênis negras.
Fascinada, não pude evitar que minha mão se estendesse e empunhasse o tronco grosso e cabeludo. A outra apertou-o no meio, sem conseguir se fechar, e ainda sobrou a cabeça assustadora. As grossas veias pulsavam com o sangue afluindo fortemente. Vi-me agarrada ao pênis do homem e foi como se nada mais existisse à minha volta. Os mais primitivos instintos de fêmea se apoderaram de mim, completamente. Abri a boca e o engoli até onde pude. Então chupei, chupei aquela coisa negra como se desgustasse o fruto mais saboroso de todo aquele mar!
Ele murmurava, controlando minha cabeça com uma das mãos, a outra sustentando-o, presa ao mastro.
Eu o mamava com força e o sabor salgado da pele curtida na maresia enlouquecia-me. Apertava-o com as duas mãos, puxava os testículos, beijava, lambia as veias quentes, esfregava a glande em meu nariz, nos olhos, na testa.
Agora gemia abraçada às pernas grossas dele enquanto o prendia entre meu queixo e ombro, ele se movendo como num coito e minha língua molhando seus pêlos, um forte cheiro de homem salgado embriagando-me.
- Oh! Dona! ele começou a gemer.
Então agarrou o gigantesco membro e apontou-o para meu rosto, masturbando-se febrilmente, urrando como um animal. De olhos fechados, eu coçava meu sexo, excitadíssima, soltando gritinhos involuntários e delirando com pequenas ondas de gozo.
De repente, sem que eu esperasse, explodiu em meu rosto, quente, muito quente e grosso, em jorros fortes. Abri a boca, em êxtase. O creme inundou minha garganta, e mal eu engolia uma porção , já estava cheia novamente. O resto escorria por meus lábios, ou esguichava e entrava pelas narinas, respingava em meus cílios, cegando-me. Era como ser alvo de uma mangueira lançando sêmen sem parar. Eu sorria e vibrava tomada de um prazer inexplicável.
Quando enfim cessou de me regar, ele esfregou sua enormidade na minha cara, rindo. Divertiu-se em espalhar com a glande o sêmen por todo meu rosto, como se me aplicasse uma máscara de beleza.
Fiquei abraçada à cintura dele, meus cabelos longos pregados pelo esperma. Aos poucos fomos nos aquietando, a respiração voltando ao normal, o senso da realidade foi me envolvendo, penetrando meu corpo e minha alma, pesadamente.
Depois de tudo, quando recobrei a posse de mim mesma, não sei como consegui permanecer na jangada com ele. Enquanto limpava o líquido grudento de minha pele com a água do mar, tinha vontade de mergulhar e desaparecer no fundo do oceano.
Ele tentou outro contato, mas reagi violentamente. Tentou dizer alguma coisa, mas ordenei que se calasse e seguisse logo reto para a praia, antes mesmo de aportarmos no ponto de partida.
Atingimos o raso, saltei e saí correndo pela areia molhada. Não sei como, mas eu ainda tinha encontrado forças pra dizer, quase de boca fechada:
- Obrigada...
Porém quando me afastei e senti-me segura, não consegui conter uma risada. Eu tinha acabado de cometer a maior loucura de toda minha vida.
Aquela foi a última vez que vi Zé Enguia; nunca mais tive coragem de retornar à praia, nem mesmo com meu marido. Pedi que antecipássemos nosso retorno para casa e ele me atendeu, apesar de bastante contrariado.
Fim.
É sério, meus amigos! Ser professora particular e atender em domicílio não é mole, não! Principalmente quando se tem alguma beleza de rosto, corpo atraente e ainda não se passou dos vinte e cinco.
Quando eles têm menos de doze anos, até que é fácil. Mas quando já têm pelinhos no queixo e na virilha...ih! nem te conto!
- É pra ninguém vir atrapalhar, mãe! dizem eles sem querer abrir a porta do quarto.
Aí a mãe sai toda iludida, pensando que estão muito interessados em estudar. E você fica na jaula com o leãozinho te comendo com os olhos e cheio de brincadeiras mal intencionadas. Mas se você é experiente, tira de letra. Fecha a cara quando o caldo engrossa, sorri depois pra reanimá-los um pouco e ver se estudam alguma coisa. Se tiram notas ruins, os pais nem te telefonam mais, nem pra dar uma explicação. É prejuízo de pôr mais anúncios caros no jornal. Às vezes é preciso ser esperta quando os pais são generosos. Deixar pegar na mão, fazer brincadeiras, ouvir as estórias... E assim vai levando e tentando enfiar um pouco da matéria na cachola cheia de pensamentos sacanas. Se você dá muito mole, além de não se concentrarem, ainda querem avançar os limites: pegar nas coxas, tentar agarrar, passar a mão disfarçadamente na bunda pra ver no que dá. O recurso indicado nesses casos é ameaçar ir embora ou contar pros pais. O pior é que, se ficam muito zangados, você é dispensada também porque inventam coisas, dizem mentiras, não se importam em tirar notas baixas só pra te sacanear. Claro que são poucos os que se comportam assim, mas valem por muitos.
Rodrigo valia por uns dez! A minha falha foi me deixar envolver pelas brincadeiras, as palhaçadas. E também pelos olhos azuis e o cabelo loiro penteado pra trás como o de um galã de novela. Só tinha treze, mas acreditem, parecia um D. Juan juvenil. Era uma peste, mas quando queria ser charmoso, era traiçoeiro.
Começou como sempre: beijinhos carinhosos na chegada e na despedida. Depois, quando viu que a professora queria ser simpática, confundiu com liberdade e quis beijar na boca e acariciar as coxas, inocentemente.
- Rodrigo, me respeite, eu ralhava tentando ser severa.
O problema, reconheço, é que sou meio boba pra rir de tudo(e um tantinho sem-vergonha). E, mesmo conhecendo as estratégias dos safados, sempre dou gargalhadas que acabam com meu disfarce de professora séria e digna. Ele se aproveitava disso melhor que os outros. Dizia uma piada, fazia uma cara engraçada, cutucava minha minhas costelas e, quando eu amolecia de risadas, atacava minha boca, meus seios, minha bunda.
- Sai pra lá, praga! eu o empurrava, ainda sem conseguir ficar séria e ajeitando as roupas.
Dou mesmo muita liberdade a esses pirralhos, eu sei. Mas, se ele insistia, eu tinha que ser radical pra controlá-lo. Levantava pra ir embora muito zangada. Aí ele pedia desculpas e ficava todo bonzinho fingindo estudar alguma coisa.
Na primeira prova que fez sob minha responsabilidade, tirou uma péssima nota. A mãe ficou toda estranha comigo, doida pra me dispensar. Acho que foi ele que pediu por mim.
- Rodrigo, se você não se esforçar, sua mãe vai me demitir, eu avisei.
- É porque você é uma professora muito chata!
É doloroso pra uma professora dedicada ouvir uma coisa dessas. Tive vontade de mandá-lo pro inferno e ir embora. Mas ele viu que tinha me magoado e pediu desculpas. Mas continuava mal intencionado e fez-me uma proposta indecente:
- Se eu tirar ao menos um sete na próxima, você me deixa beijar e pegar nos seios?
Fiquei chocada! Era muito atrevimento pra uma criança e pouco respeito comigo. Porém, se ao menos se esforçasse, poderia melhorar um pouco as notas e deixar a mãe menos aborrecida. Mas eu não acreditava muito e disse:
- Se tirar um oito, o que eu duvido, eu deixo.
Tirou foi um nove e meio logo pra não correr riscos. Foi quando percebi, já um tanto tarde, que era mais inteligente do que eu imaginava. A mãe ficou contentíssima, e eu também. Mas aí é que foi o início da estória. Na primeira oportunidade que teve sozinho comigo, trancados no quarto, cobrou-me a promessa. Imaginem a saia justa: deixar o garoto me beijar e pegar nos meus seios, assim, a sangue frio! Tentei enrolar dizendo que não havia falado sério, que ele entendera errado, que tinha sido só uma brincadeira, enfim dei mil desculpas. Mas soube me fazer sentir vergonha por estar sendo tão cara-de-pau. Então deixei, mas apenas que me desse um beijo, um beijinho só. Ficou contente só com isso. Deixei porque não me arrancava pedaço nenhum dar uma alegriazinha ao garoto. E também porque não era nenhuma santa pra não fantasiar umas carícias com um rapazinho tão bonito e ardente. Que mulher mais madura nunca sentiu o mesmo ao se ver cortejada por um jovem lindo e amável?
Beijamo-nos de pé. Ele era um pouco mais baixo do que eu, mas esticava a cada dia. E surpreendeu-me, o demônio. Não sei como aquilo podia ser! Só o modo suave como pegou em minha cintura e me apertou contra seu corpo quente já me deixou toda mole. Alguém aí me explique como um adolescente de treze anos e só alguns meses pode saber beijar daquele jeito! Brincava com minha língua, mordia meus lábios de mansinho e enquanto isso, extrapolando nosso acordo, as mãos iam incendiando todo meu corpo. Afagava minha barriga, ia descendo, descendo, entrando por debaixo da saia...e a mãozinha safada foi parar lá, bem em cima, amassando meus pêlos.
- Oh! Rodrigo! eu gemi, tentando me afastar, mas muito sem vontade.
Empurrou-me e encostou-me contra o guarda-roupas. Os dedinhos roçavam sobre a lingerie e afundavam um pouco entre os lábios de meu sexo já molhado. Os dentinhos maus no meu pescoço, enfraquecendo-me,dominando-me como um leãozinho faz com sua primeira presa. Fez um carinho gostoso, muito de leve em minha calcinha, ao mesmo tempo que a outra mão já baixava as alças de minha blusa. Beijou com ternura cada bico dos meus seios. Era mesmo um anjinho com rabo e chifres. Em pouco tempo senti aquela vibraçãozinha no pé da barriga que vai se espalhando junto com um calor gostoso e que causa tremores por todo o teu corpo, o pescoço pra trás só falta se quebrar.
Eu delirava com os bicos dos seios em sua boca carinhosa e faminta. O prazer me arrebatava. Num gesto desvairado, inteiramente abandonada ao domínio dos sentidos, abaixei-me rápido e desci suas roupas de uma vez. E que susto e deslumbre! Eu não imaginava que um garoto de treze anos já pudesse ter uma coisa daquele tipo: erguendo-se pesada, grande e torta para um lado! Quase esqueci de respirar! E quer saber a verdade? Foi isso mesmo que fiz:coloquei-o todo em minha boca! E daí?! tava limpinho e cheiroso! Não tenho vergonha de dizer não! Era o que eu mais queria, ora! Vai dizer que não faria o mesmo se um pênis bonito e fresco se esfregasse na tua cara e até espancasse teus olhos daquele jeito?! E chupei mesmo, viu! E com vontade, com gosto! Apertei os testículos com força! Se explodisse em meu rosto era ainda melhor! E belisquei a bunda de menino-macho gostoso. Louca, fiz o diabo, e se a mãe arrombasse a droga da porta eu ainda não parava enquanto não me fartasse de tê-lo em minha boca, morno e roliço, fazendo cócegas em minhas amídalas! Se ele gozou em minha boca? Gozou , gozou, sim! Gozou grosso e bom, muito bom! E me alimentei de prazer até a última gota!
Menino safado que se masturba quatro, cinco vezes por dia e nunca viu mulher pelada ao vivo é assim que faz quando tem nas garras uma professora gostosa no cio. Não é bobo, não! Não tem essa estória de descansar: põe você de quatro, levanta teu vestido, baixa tua calcinha e mete meio mole mesmo. Depois fica duro, deliciosamente duro. Se der mole, a professora escapa. Menino-macho te pega pela cintura e não tem pena. Tua buceta chora de alegria! Parece que vai explodir de prazer! Se não gozar a culpa é tua, porque rapazinho de pau grande e torto entrando e saindo gostoso sem parar, te esfregando lá por dentro, te leva aos céus, amiga!
Tem vergonha ou medo de levar atrás? Então, minha filha, nunca deixe um rapazinho novo que nunca viu um ânus de mulher abrir tuas nádegas, porque ele passa o dedinho molhado com força, encosta aquela coisa quente em tua carne sensível e aí parece mágica! Você não resiste e deixa, protestando e gemendo, mas deixa. Quando vê, escapole e vai entrando. Aí já viu! não tem mais volta! É ruim e é bom. Você chora porque entra, chora porque sai. Você reclama mesmo só pra disfarçar, pra não ficar muito vergonhoso, pra não dizer que está adorando. Mas por dentro você reza pra ele se demorar só mais um pouquinho, pra fazer mais forte, mais rápido, mais gostoso. E mal você goza já vem outra onda, trazida pra dentro de ti, e é por trás que entra, viu! macia e dura, bem lá, onde você morre de vergonha, escorregando quente, grossa e torta. E, se arde depois, nem peça pra parar que não pára mesmo! Só quando desmaia de tanto gozo! Aproveita porque é um ardor gostoso que também te deleita. Depois passa, vem um creme balsâmico lançado em jatos pra dentro de ti. Então, amiga, aí é que é bom, maravilhoso!
Mas...infelizmente... às vezes a professora solitária e que nem é tão bonita assim, que é insegura, que nunca teve um amor de verdade...às vezes fica só na fantasia, delirando, rolando nua e sozinha na cama, relembrando momentos que nunca viveu, muito tempo depois de ter ido embora pra sempre, depois de ter feito o garoto chorar ao telefone e ter chorado também...depois de ter ficado com grande vergonha de ter perdido a cabeça e chupado o menino, como uma louca devassa, sem vergonha na cara, sem respeito, sem coragem de ser um pouco mais feliz, ao menos por um fugaz instante, agarrada, desejada e amada por um menino-homem adorável.
Era um vidrinho de comprimidos, vazio e cilíndrico. O pacotinho coube bem apertado. Abri o preservativo e coloquei o vidro dentro. Expulsei o ar e dei um nó na boca. Sou facilmente excitável e, quando fiquei de cócoras no banheiro, já estava úmida. O vidro na camisinha lubrificada entrou fácil em minha vagina. Empurrei bastante com os dedos para que ficasse bem no fundo. Assim não haveria riscos. Fiquei de pé, dei passos e percebi que tinha ficado firme. Porém fazia cócegas e me dava uma agonia boa! Mas o momento não era de prazeres e eu estava ficando atrasada. Contudo, ainda quis conferir minha aparência no espelho. Era necessário não demonstrar nervosismo e me apresentar com naturalidade e elegância. Bonita eu estava. Tinha meus cabelos castanhos bem amarrados para trás num coque redondo. Maquiagem discreta que combinava com meu ar sério de mulher honesta e bem casada. Não que eu seja vaidosa, mas há momentos em que beleza e charme são as únicas armas de uma mulher sozinha, indefesa e desesperada. Uma última olhada de lado e gosto do modo como meu vestido florido me aperta a cintura e cai sensualmente sobre a bonita curva de meu traseiro. Então apanhei minha bolsa, as chaves do carro e saí dando passos cuidadosos por causa do vidrinho lá dentro, que agora eu notava ser um pouco grande demais e me incomodava, ainda que gostosamente. Mas tinha que me manter serena e concentrada.
Não cheguei muito atrasada. Havia movimentação no estacionamento e na entrada do prédio,mas tive privacidade para abrir as pernas, afastar a calcinha e conferir se a camisinha não aparecia. Estava tudo ok. Respirei fundo e saí do carro com passos cautelosos. Era dia de visita íntima e a porção de cocaína que salvaria meu marido ameaçado de morte estava dentro de mim. Só estávamos casados havia alguns meses e eu tinha levado um choque quando soube de sua prisão por tráfico de drogas. Minha decepção fora enorme, mas agora eu tinha que ajudá-lo de qualquer forma.
Cadeia de cidade pequena é um reduto de corrupção e irregularidades de administração pública. A arbitrariedade reina solta e quem sofre humilhações tanto quanto os detentos são os familiares e amigos que os visitam. Eu tinha apenas uma vaga idéia do que me aguardava, pois era a primeira vez que iria pôr os pés em ambiente semelhante, pois Jorge ainda não tinha me permitido que o fosse visitar naquele inferno.
Sou uma pessoa calma, quase sangue frio, mas quando soube que seria revistada por aquela mulher de jaqueta jeans com aspecto de homem, olhando-me com ar interessadamente suspeito, vi que me metera numa grande encrenca e tremi de medo e apreensão. Era meio gorda, porém jovem e até bonita com seu cabelo loiro curto e olhos verdes e grandes.Conduziu-me para um quartinho que ficava logo ali na entrada, do lado interno do grande portão de grades de ferro.
- Baixe a calcinha e levante o vestido para eu examiná-la, ela ordenou pondo as mãos na cintura, um sorriso nos lábios finos de cobra maliciosa.
- O quê?! fiz eu, alarmada.
- É regulamento, Dona; não pode entrar sem estar inteiramente limpa, explicou-me com uma voz suave e gentil que me tranqüilizou um pouco.
Eu já sabia que teria de passar por aquela situação vexatória e estava preparada, mas a própria experiência era revoltante demais. Subi o vestido e desci a calcinha. Um vento frio soprou entre minhas coxas com uma sensação de pudor ofendido. Em seguida a mulher ordenou que eu me agachasse e eu hesitei. Ela insistiu com delicadeza e eu obedeci constrangida. Então abaixou-se também, olhou-me nos olhos sorrindo simpaticamente e pôs a mão sobre meu sexo. Fiquei gelada. Pensei rápido, segureis seu braço e disse:
- Sem luvas, moça?!
Ela se deteve, encarou-me e ergueu-se me olhando com raiva. Foi apanhar um par de luvas novinho na gaveta de um móvel de aço. Eu queria ganhar tempo para melhor raciocinar e decidir o que fazer. “Se ela quiser me tocar mais fundo, levanto-me e vou embora. Mas antes tenho que correr esse risco; é por Jorge.”
Agachou-se ao meu lado e eu senti a mão enluvada roçar em minhas nádegas. Meu coração batia forte a ponto de doer . A borracha fria tocou a borda de meu ânus e tive um calafrio de indignação.Um dedo me massageou ali, pressionou-me de leve e temi que fosse me penetrar a seco, mas logo escorregou para minha vulva, subiu até meu púbis e remexeu em meus pêlos. Ela olhava para mim de vez em quando com seu ar insinuante e eu baixava os olhos, muito envergonhada.Demorava-se demais em passar a mão por toda minha fenda. Achei que abusava de mim mas não me atrevia a contestá-la, pois era muito delicada minha situação e não queria desagradá-la. O vidro dentro de mim se movia naquela posição e ameaçava sair com os apertões involuntários de seu esconderijo vivo e lubrificado. Eu notava a respiração da mulher se tornar cada vez mais ofegante. Eu mesma me inquietava eroticamente com sua mão curiosa vasculhando meus pêlos e dobras, o objeto sendo apertado, apertado, já quase saindo. Fiquei furiosa com meu próprio corpo ao me dar conta de que os toques daquela mão xereta me excitavam e me prejudicavam em meu segredo criminoso.
- Já não me examinou o bastante?! eu perguntei, louca para me livrar de tamanha perturbação.
- Só falta verificar uma coisinha, ela disse, e senti dois dedos procurando a entrada de meu sexo.
- Não! eu gritei me levantando rápido e suspendendo minha calcinha.
Ela se ergueu surpresa com minha reação. Olhou-me em silêncio por um instante parecendo desconfiada de alguma coisa.
- Vou embora! venho outro dia, eu disse apanhando minha bolsa.
Meu nervosismo era evidente. Tentei atingir a saída mas ela não permitiu.
- Aguarde só um instante, por favor, ela pediu, e deixou o quarto trancando a porta.
Fiquei confusa e assustada. O que ainda havia para aguardar?!
Retornou logo em seguida acompanhada de um homem de seus quarenta anos que, pelas roupas, o ar autoritário e um grosso bigode negro, fez-me supor que se tratava de um superior seu, talvez um elevado funcionário da carceragem . Eu continuava apertando minha bolsa contra o peito, nervosa, enquanto o homem me olhava à entrada da porta, um sorriso cafajeste de estar apreciando as formas de meu corpo. Ele virou-se para a mulher e disse com uma voz forte e grossa.
- Obrigado, Ana; pode ir agora que eu assumo.
A funcionária deixou o quarto me lançando um olhar e um sorriso de desprezo. Eu quis acompanhá-la mas o homem obstruiu minha passagem.
- Qual o problema, meu Senhor? Por que isso?! Apenas quero ir embora; com licença!
- Não pode, Senhora. Está detida até que se deixe examinar por completo. A Senhora é suspeita de estar ocultando alguma coisa ilegal em seu corpo.
Estava perdida. Minha garganta se fechou com um nó de choro.
- Mas isso é um absurdo!
- Se estiver limpa, será solta de imediato, mas minha experiência diz que você é uma criminosa, afirmou ele me olhando nos olhos com um sorriso perverso, parecendo se divertir com meu desespero.
Não gostei nem um pouco de seu jeito ambíguo de me tratar por Senhora enquanto passeava os olhos por meus seios mal escondidos pela pequena bolsa. Até me arrependi do decote ousado e que nem era meu estilo, pois sou recatada e pouco vaidosa.
Mas eu estava detida e ele foi rápido em sua ação.Atordoada, nem tentei evitar que puxasse meus braços e me algemasse. Eu era ignorante em relação aos meus direitos em tal situação, porém tinha certeza de que seu procedimento era ilegal e abusivo. Tentei argumentar, mas foi em vão; virou-me de costas e me obrigou a me inclinar e apoiar as mãos algemadas sobre uma mesa. Foi até a porta e trancou-a. Perguntei o que iria fazer e ele respondeu que teria de me revistar.
- Como?! Só pode estar brincando! exclamei.
Mas ele falava sério e suspendeu meu vestido, prendendo-o com um nó na cintura. Tentei me virar mas ele me empurrou com força e deu um berro para que eu ficasse quieta. Apavorei-me com sua violência e fiquei imóvel. Enquanto baixava minha peça íntima, alertou-me de que eu me complicaria mais ainda se tentasse resistir.
- Bela bunda, moça! seu esposo tem bom gosto! ele atreveu-se a dizer de modo muito grosseiro após abaixar-se detrás de mim e descer a calcinha até os tornozelos.
Eu apenas fungava e enxugava minhas lágrimas, pois estava derrotada. Contudo ainda protestei alegando que não era correto um homem fazer aquilo. Por que ele e não a moça que tinha me revistado antes? Respondeu-me que agora eu era sua responsabilidade e começou a apertar minhas nádegas. A indignação me invadia mas o medo me fazia tremer e apenas chorar em silêncio.
- Não tenha medo, meu bem; só estou fazendo meu trabalho, garantiu-me, mas com uma voz de gentileza pouco confiável.
Eu não podia fazer nada exceto torcer para que tudo terminasse logo e eu pudesse deixar aquele lugar horrível para sempre. Eu soluçava enquanto ele me tocava. Passava as mãos em meu traseiro de forma muito desrespeitosa. Seus dedos bolinavam meu ânus e sexo com bastante demora e insistência. Outra vez tive a impressão de estar sendo abusada. Dessa vez, numa esperança ingênua, não exigi luvas para não encorajá-lo a me vasculhar internamente. Mas aconteceu o que eu mais temia: a camisinha já estava na boca de meu sexo e aparecia. Ele a viu, puxou um pouco e disse num tom canalha:
- Então não esconde nada, hein! moça?! Ou será que alguém deixou isto aqui por esquecimento? há! há!
Comecei a soluçar forte, abalada pelos mais amargos sentimentos. Além de não poder ajudar meu pobre marido, ainda seria presa como uma criminosa, logo eu que só pensava em ser uma boa esposa e dona de casa, vivendo honestamente ao lado de Jorge.
O homem obrigou-me a deitar de bruços sobre a mesa.Passou a mão em minha vulva e em seguida puxou a camisinha devagar. Esta esticou saindo lentamente com o vidro. Ele tinha perdido todo o respeito comigo e dizia:
- Isso aqui é uma visão maravilhosa, moça! Sua buceta é linda quando se abre! He!He!
Eu soluçava ao sentir a prova de meu crime sair de dentro de mim, e de um modo tão vergonhoso.
- Meu Senhor, por favor me ajude. Não me prenda! Não sou criminosa, só estou tentando ajudar meu esposo, que pode ser morto por um bandido aí dentro se eu não lhe entregar essa coisa, eu implorei.
- Sim, mas vamos ver o que temos aqui primeiro.
E retirou o vidro de uma vez. Eu me virava de lado e vi que ele levou o objeto dentro do preservativo molhado ao nariz, cheirando-o de olhos fechados como se aspirasse um aroma agradável. Fiquei enojada quando colocou o vidro na boca e chupou-o.
- A senhora é deliciosa, moça! Se for mesmo uma boa esposa, vai me deixar examiná-la melhor, depois poderá ir ver seu marido e ir pra casa. Está bem assim?
O que eu mais podia fazer?! Era ser prática e evitar arruinar minha vida para sempre, assim como ajudar meu Jorge. Até agradeci a Deus por ele querer fazer aquele acordo, apesar de humilhante e repulsivo. Apenas balbuciei:
- Está bem...
Ele já tinha baixado as calças e vi seu pênis feio e branco sair da cueca. Fechei os olhos e virei-me, escondendo o rosto, que ardia de vergonha. Deitou-se sobre minhas costas e beijou meu pescoço, minhas orelhas e lambeu meu rosto. Seu hálito trescalava álcool. Seu bigode fazia cócegas em minha pele fina com uma sensação de bicho peçonhento. Ele murmurava como que deliciado e respirava cada vez mais forte, seu pênis pegajoso rolando quente logo abaixo de meu espinhaço. Eu odiava o que ele estava fazendo e ao mesmo tempo, para meu próprio desgosto, descobria que tinha arrepios suaves e prazerosos. Ele quis beijar minha boca mas não permiti .
- Gostosa e recatada, hein! ele comentou, e mordeu meu pescoço, babando-o todo.
Seu membro encaixava-se entre minhas nádegas, depois descia e tocava minha fenda . Era horrível sentir aquele homem enorme e cabeludo deitando-se sobre minhas costas, tão diferente de meu Jorge, o único homem que já me havia tocado em toda minha vida. Mas...oh! meu Deus! Para minha grande infelicidade,dei-me conta de que estava ensopada sob suas carícias imorais! Não era possível! Outra vez minha sensibilidade exacerbada conspirava contra minha dignidade! Eu tinha contrações e até parecia que meu sexo queria capturar o pênis que o incitava, abria e lambia sem penetrá-lo. Meus seios inflavam de desejo enquanto as mãos dele os apertavam.
De repente, abaixou-se e senti uma lambida molhada e forte percorrer de meu clitóris até meu ânus, causando-me intensos arrepios.
- Oh! eu fiz, sem saber o que realmente sentia.
Era tão nojento e depravado que fez meu ânus se abrir à força com sua própria língua, que ficou se revirando dentro de mim.
- Ãh! Ãh!! que está fazendo, meu Senhor?! eu gemia com repugnância e ao mesmo tempo delirando com o prazer áspero se revolvendo em minha carne.
Ele se impacientou e voltou a ficar de pé.
- Maravilhosa, Moça! Maravilhosa! ele exclamava massageando minha vulva com muita força causando me choques na raiz do clitóris.
Eu olhava tudo sobre meu traseiro e via um pênis grande e empinado se agitar enquanto tinha um dedo entrando em mim no lugar menos apropriado. E, sem que eu esperasse, pegou o vidrinho que estava sobre a mesa e introduziu-o de volta em seu local de origem, quase bruscamente, causando-me uma dor com uma pontada de prazer.
- Hei! moço! Por que fez isso?! Machucou-me!
- Sua buceta é linda, mas por enquanto está cheia. Quero ver o que tem neste outro buraco.
- Como?! Mas não vai encontrar nada aí! Por que isso agora?! perguntei assustada e sem querer dar a entender, por pudor, que compreendia sua intenção.
É regulamento, minha senhora, gracejou ele descaradamente.
Já excitada, isso me deu uma sensação estranha, um desejo esquisito e inconfessável de ser mesmo examinada ali. Mas eu não aceitava esse sentimento e dizia para mim mesma: “ É só por Jorge, por mim, por nós dois.”
Entretanto, ele não se demorou e eu senti a glande molhada beijar meu orifício desocupado. Forçou e aos poucos veio para dentro bastante grosso e rígido, dilatando-me dolorosamente e comprimindo o vidrinho no outro canal.
- Ai! meu Senhor, não entre mais, por favor! implorei, mas ainda assim adorando o incômodo de ser preenchida por dois cilindros de uma só vez.
Mas ele foi docemente cruel e não deixou de forçar até introduzir-se todo. Ajeitei-me para facilitar e acolher melhor aquele castigo bom. E suportei porque não era tão ruim o modo como fez(e não era mais virgem ali desde meu casamento). Segurou em minha cintura e começou a se satisfazer, dizendo com voz estrangulada de prazer:
- Hum! coisa gostosa é essa sua bunda apertada, moça! Puta que pariu!
Horrível saber que eu gostava daquela fricção grossa e quente ardendo em meu reto. Por que eu gostava , meu Deus?! Por que Jorge não invadia aquele quarto pra me salvar?!
- Gostoso, hein, Dona? ele murmurava no meu ouvido colando o corpo no meu, o membro latejando fundo em minhas entranhas. E voltava a escorregar com força, causando barulhos molhados que me envergonhavam ainda mais.
Meu corpo indeciso queria expulsá-lo mas ao mesmo tempo senti-lo mais dentro. Porém não cabia a mim controlá-lo, apenas recebê-lo sem reclamar. Fez devagar e incompleto a princípio, enquanto me afagava as nádegas e me elogiava grosseiramente. Mas logo enlouqueceu e não me poupou, empurrando-me junto com a mesa cada vez que me atingia bruscamente. Doía quando entrava todo de uma vez, mas era gostosa a sensação de tê-lo passando rápido e escorregadio por meu ânus e pressionando o objeto arredondado em minha vagina. Eu me esforçava para não deixá-lo notar isso.Tapei até a boca para abafar meus gemidos de gozo. Ele também grunia e me estapeava as ancas dizendo obscenidades, já sem nenhum respeito. Mas isso não me incomodava pois era invadida por um prazer insuportável, gozando repetidas vezes com minha vagina espremendo o vidrinho lá dentro.
Por fim ele se moveu com violência, ficou parado, apenas dando trancos esparsos em meu traseiro com a virilha. Ejaculava fartamente em meu interior. Deixou-me cheia de seu líquido e afastou-se urrando com satisfação:
-Ôh!Ôh moça! o seu rabo é gostoso pra caralho!!!
E deu uma palmada forte em minha bunda, dizendo:
- Está liberada! Vá ver seu marido e não se preocupe com o horário de visitas. Apareça sempre que quiser e não se esqueça de me procurar.
Então retirou as algemas.
- Obrigada, moço! não vou esquecer o que fez por mim e por meu marido,eu agradeci.
Peristilo